quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Para ti ...


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. É dentro de nós que nos podemos conhecer a nós mesmos e conhecer verdadeiramente o que são as coisas e as pessoas e os acontecimentos. Dentro de nós é que havemos de encontrar as sementes do ideal, do sonho, da força para resistir e avançar. E se houver Deus é dentro de nós que o podemos conhecer bem. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Quando nos desiludimos não estamos a ser justos nem com as pessoas nem com as coisas. Nenhuma pessoa, nenhuma das coisas com que lidamos pode satisfazer plenamente o nosso desejo de bem, de felicidade, de beleza. Aquilo que procuramos - faz parte da nossa estrutura, não o podemos evitar - é perfeito e não tem fim. E não nos contentamos com menos de que isso. É por essa razão que nos desiludimos e que de novo nos iludimos: andamos à procura... De resto, se todos ambicionamos um bem perfeito e eterno, é porque ele deve existir, apenas nos compete a nós não termos medo de viver, de procurar, de alcançar esse bem, durante a minha humilde vida tenho procurado, lutado para alcançar esse bem perfeito e eterno, mas esqueci-me de que esse mesmo bem resumia-se apenas a uma simples coisa, a um simples gesto, a uma única palavra… Resumia-se a ti, resumia-se há maravilhosa pessoa que és e sempre foste para mim, por tudo isto digo sem receio que tenho um tesouro bem guardado em mim, esse tesouro irá permanecer comigo eternamente, quando deixar de estar perante ti, nunca te esqueças que eu já tive a honra de ser teu Amigo, e que esteja onde estiver terei sempre o teu sorriso no meu ser… Obrigado… Obrigado porque tiveste na tua vida um lugar para a minha vida…

domingo, 25 de julho de 2010

Preciso de te encontrar ....

Hoje na véspera de mais um aniversário sentei-me aqui sozinho como sempre e fiz uma retrospectiva destes trinta e seis anos de vida e chego a uma simples conclusão, tão simples que a própria simplicidade me faz arrepios na ALMA… Sinto-me perdido, vazio, vivo numa tentativa constante de me definir a mim próprio. Os desafios vão surgindo, e na tentativa de os superar o melhor possível, procuro em mim a MINHA resposta… mas no meio de tantas possibilidades não me encontro, é tudo aproximado mas tão pouco certo ou seguro. Perco-me dentro de mim, quase no desespero de não saber quem sou por vezes, porque sei ser tanta coisa… Tento olhar para mim como se fosse dois, eu… e o que olha de fora, com uma visão o mais imparcial possível. Analiso-me, valorizo-me, critico-me, o que for preciso para poder chegar mais perto de mim. Mas no final de tantas voltas chego à conclusão de que, por vezes, isso já não resulta. Ou as situações vão sendo mais complexas ou eu adquiri a capacidade de as complicar. É o resultado de se pensar demais, a mente adquire elasticidade e acabo embrulhado na minha própria teia de pensamentos.
Nesta altura tento simplificar, fecho os olhos, respiro devagar, sinto o maior dom que tenho, a vida. Isolo os meus sentimentos. Então chego bem perto dessa partícula elementar a que chamo de Amor e fico assim… a sentir, todo o amor que me circula em vasos paralelos às veias. Mas que o vejo passar por mim sem sequer olhar para mim… É nesse longo instante que consigo decifrar a minha resposta… deixar ser o que tiver de ser. As decisões nem sempre têm de ser tomadas quando queremos ou quando pensamos que precisamos delas. As coisas simplesmente vão surgindo e as respostas com elas, no seu devido tempo. Não preciso de “correr” atrás de mim, porque quando é preciso, basta-me parar, deixar acontecer. Começo a emergir como uma chama que vai ganhando força, lentamente, sem forçar. A simplicidade está em deixar as coisas tomarem o rumo que têm de tomar… e tudo acontece na sua devida ordem, mas enquanto essa ordem não chega, não acontece, vou tentando encontra-me a mim próprio, porque tenho necessidade de VIVER, já chega de sobreviver, preciso de te encontrar..

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A felicidade existe ... está dentro de nós ...

Encontrem-se verdadeiramente convosco…
Vivam a vida…mas vivam também a vida que existe dentro de vós… Não dependam somente de terceiros ou de coisas para poderem ser felizes…
Não imaginem a vossa felicidade como consequência de algo…
Ela existe sim…mas existe primeiro em vós…dentro de vós mesmas… Na maioria das vezes, estamos a viver vidas que não são nossas...
Vidas que nos foram incutidas pelas variadíssimas pessoas que existem ao nosso lado… Muitas vezes, essas mesmas pessoas, acham que ao nos tentares conduzir por um caminho que, seria o melhor para nós, estão simplesmente nos indicando simplesmente os caminhos que elas, marionetas vivas aprenderam ser o melhor para seguir...
Então, vão-nos obrigando (quantas vezes com chantagens psicológicas) a seguir, aquilo que acham ser melhor para nós… Não vos estou falando daquelas pessoas que vos indicam caminhos…e deixam completamente livre o vosso direito à livre escolha… Falo sim, daquele tipo de pessoas que não conseguiu (nem consegue) viver a sua própria vida…e tenta projectar naqueles que lhe estão próximos aquilo que elas acham que deveriam ter vivido…se tivessem tido a coragem de o viver... Outras vezes, obrigam-nos a seguir este ou aquele caminho, alegando que estão simplesmente a tentar fazer com que não caiamos nos mesmos erros que elas caíram... Tudo isto poderia estar correcto...se, para além de nos tentares tirar vida própria, também não nos tirassem o direito à escolha... Pessoas que na verdade, tentam realizarem-se nos outros…obrigando-os a seguir a vida que, acham que deveriam ter seguido… Mas, cada pessoa é um Ser…
Os caminhos que seguimos nesta vida…deverão sempre ser caminhos por nós sentidos e escolhidos…
É a esse estado de vivência que eu chamo de “inferno”…
O viver de vidas que não são as nossas…
A dependência da mente…

Contrariamente, quando vivemos a vida de dentro para fora…com a nossa essência exposta para o mundo, digo que vivemos no paraíso…no “céu”…

Nascemos crianças saudáveis... depois, com o tempo, vão tentando transformarem-nos em seres por eles..."moldados"...
Cada vez que lhes vamos cedendo...iniciando esses novos caminhos, contrários aos nossos sentires, mais nos vamos embrenhando...e tantas vezes redimidos... a este teatro da vida...na qual somos simples...marionetas...
Quantos de nós já sentimos aquela paz que vem de dentro…
Da próxima vez que isso acontecer, tentem estar “presentes”, tentem registar esse mesmo momento…
Nesse mesmo momento…sabereis do que estou falando…
Felicidade é mesmo isto…que muitos estamos a aprender a viver… o simples facto de conseguirmos estar de bem connosco mesmos…
Devemos dar cada vez mais importância aos nossos sentires...e usar a mente como um utensílio...em vez de aceitarmos que ela nos controle...
Por isso digo que a felicidade existe…depende de nós...está dentro de nós...

Quantos de nós ??

Quantos de nós não procurou nos prazeres físicos ou noutro qualquer tipo de satisfação psicológica, a felicidade…
Quantos de nós já não o fez, julgando que nos libertaria dos medos, das carências ou mesmo, que nos desse aquela sensação de completa vivência…o sentir-nos vivos…
Quantos de nós já não o fez, procurando encontrar a salvação para os seus estados de insatisfação…
Quantos de nós já sentiu a angústia no momento em que se dá o encontro com a verdadeira realidade… Como foram curtos esses momentos de “felicidade”… E logo buscamos novos momentos para nos podermos manter em estados ilusórios…
Quantos de nós já não imaginaram metas num futuro… Metas essas que seriam as responsáveis transportadoras de…felicidade… “Quando eu tiver aquilo…estarei feliz…” A eterna inconsciência da criação da ilusão…da salvação no amanhã…
Quantos de nós já não descobriu que nada disto nos dá a tão ambicionada felicidade…
Na verdade, a verdadeira felicidade só é conseguida…
Quando sentimos a satisfação de vivermos a vida em toda a sua plenitude…
Quando nos conseguimos sentir bem connosco e com tudo o que nos rodeia…
Quando sentimos a tão ambicionada…paz interior…
Quando descobrirmos que não dependemos de factores externos para o conseguirmos…
Quando nos conseguimos libertar dos medos, do sofrimento, da carência, do ciúme, do ódio, e tantos outros…
Quando descobrimos a liberdade atingida, quando nos libertamos dos pensamentos compulsivos…
Quando nos libertamos daquela constante negatividade…
Quando nos conseguimos libertar do condicionalismo do tempo…
Quando nos conseguimos libertar…do passado e do futuro…
Quando descobrimos que não existe outra salvação a não ser termos a coragem de viver exclusivamente…o momento presente…
Atingir o estado de felicidade é conseguir libertarmo-nos da nossa mente, olhar para as coisas e reparar na sua simplicidade...
Se não te libertares da mente, só reparas no que ela quiser ver… Consegues distinguir a realidade…a partir do momento em que conseguires ficar…presente…
É nesse mesmo estado de presença...que sentimos a paz...que nos sentimos felizes...
Como tal, a felicidade não depende de nenhum facto externo...ela depende mesmo de nós mesmos...

A felicidade não se procura...ela existe em cada um de nós...

O Amor não faz sofrer ...


Se não conseguirmos atingir o estado de presença, todo e qualquer tipo de relacionamento, principalmente aqueles que são mais íntimos, serão vividos como se algo lhes faltasse...originando muitas vezes, constantes roturas ou mesmo rotura permanente...
Durante uma primeira fase, eles parecem perfeitos...apaixonados, como parecendo ser...aquela pessoa...
A verdade...é que pode mesmo ser "aquela pessoa"... Só que, essa perfeição, é destruída com o passar do tempo, porque não olhámos para a pessoa em causa...mas sim para a ilusão que criámos nessa mesma pessoa... Qualquer discórdia coloca a nu a diferença que existe entre o que essa pessoa realmente é...e que nós não vimos...e a pessoa que criámos na nossa mente... Neste fase, começam a aparecer os conflitos, as discussões, as agressões psíquicas e tantas vezes, as agressões físicas...
Nestas fases, o relacionamento atinge as suas maiores oscilações... Ora se tem imenso prazer e se vivem momentos de completa ternura...ora se vivem momentos de enorme sofrimento... Na verdade, o "amor" se mistura com o ódio...
Existem pessoas que vivem neste estado anos e até...vidas... Acabam por se habituar a viver nesta constante mudança de ciclos...
Muitos deles, conseguem manter um certo equilíbrio neste drama de vida... Esse mesmo drama...fá-los sentir vivos...
É neste tipo de relacionamentos que existe o sentimento de posse...e, como seu reflexo...o ciúme...
Quantas vezes ouvimos dizer...que ciúme é sinónimo de amor...Não confundam Amor com o delírio da posse…
Contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer… O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse sim...esse é que faz sofrer… É o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos…
O verdadeiro Amor que hoje vos falo, é aquele que existe...simplesmente... é aquele que não tem aspectos positivos...porque não tem os negativos...
É aquele sentimento que existe por si próprio...não dependendo de factor externos...nem tão pouco é, por eles alimentado...
Se dependesse, estaria a falar-vos, de relacionamentos românticos e não de Amor verdadeiro...
Sei perfeitamente que no mundo em que vivemos não é fácil atingirmos este estado de Amor puro de forma permanente... Para que tal pudesse acontecer, deveríamos também conseguir viver a nossa vida em pleno estado de presença...
Mas, o simples facto de podermos reconhecer a diferença entre os vários tipos de relacionamentos, já nos dá um conceito de...consciência...
Com esse mesmo estado de consciência, conseguimos viver os nossos próprios relacionamentos, verdadeiramente conscientes...do que eles são de verdade...
Assim, sabereis sempre reconhecer aquele que ama verdadeiramente…aquele que ama, na sua forma mais pura...Aquele que verdadeiramente ama, é aquele que, não pode ser prejudicado…
O Amor verdadeiro, só acontece...lá...naquela dimensão, onde o pensamento não existe...onde não se espera nada em troca… Em verdadeiros estados de presença, mesmo no clima mais agreste…o Amor acontece…
Vale a pena pensar nisto ... Liberta a Alma ... Voa sem medo de seres Feliz .....

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Only me...



Por dentro uma personalidade minha, por fora um conceito teu, se me julgas sem me conheceres, não tentes perceber o indiscutivel, limita-te apenas a seres como és no teu insignificante mundo de fantasias perdidas...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Para ti ...


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. É dentro de nós que nos podemos conhecer a nós mesmos e conhecer verdadeiramente o que são as coisas e as pessoas e os acontecimentos. Dentro de nós é que havemos de encontrar as sementes do ideal, do sonho, da força para resistir e avançar. E se houver Deus é dentro de nós que o podemos conhecer bem. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Quando nos desiludimos não estamos a ser justos nem com as pessoas nem com as coisas. Nenhuma pessoa, nenhuma das coisas com que lidamos pode satisfazer plenamente o nosso desejo de bem, de felicidade, de beleza. Aquilo que procuramos - faz parte da nossa estrutura, não o podemos evitar - é perfeito e não tem fim. E não nos contentamos com menos de que isso. É por essa razão que nos desiludimos e que de novo nos iludimos: andamos à procura... De resto, se todos ambicionamos um bem perfeito e eterno, é porque ele deve existir, apenas nos compete a nós não termos medo de viver, de procurar, de alcançar esse bem, durante a minha humilde vida tenho procurado, lutado para alcançar esse bem perfeito e eterno, mas esqueci-me de que esse mesmo bem resumia-se apenas a uma simples coisa, a um simples gesto, a uma única palavra… Resumia-se a ti, resumia-se há maravilhosa pessoa que és e sempre foste para mim, por tudo isto digo sem receio que tenho um tesouro bem guardado em mim, esse tesouro irá permanecer comigo eternamente, quando deixar de estar perante ti, nunca te esqueças que eu já tive a honra de ser teu Amigo, e que esteja onde estiver terei sempre o teu sorriso no meu ser… Obrigado… Obrigado porque tiveste na tua vida um lugar para a minha vida…